sexta-feira, 28 de novembro de 2008

ABED - Educação a Distância

Ontem, 27 de novembro, foi o Dia Nacional da Educação a Distância e eu participei das comemorações através do 3º Encontro CIEE – ABED de Educação a Distância em São Paulo. A data foi instituída sem base em nenhum fato há cinco anos pela ABED.

A ABED é uma sociedade científica, sem fins lucrativos, que tem como foco a educação a aberta, flexível e a distância.

A ABED tem por preocupação a qualidade dos serviços promovidos pelas instituições bem como pelos professores e alunos que tenham por objetivo o uso da educação a distância. Ela promove o incentivo ao uso de Projetos educacionais a distância e deixa claro sua preocupação e atenção à forma como vem sendo desempenhada.

Paulo Nathanael Pereira de Souza, Presidente do Conselho de Administra CIEE afirmou que nos dias de hoje o saber envelhece se não for reciclado constantemente. Podemos firmar que um saber está ultrapassado após 18 meses.

Fredric Michael Litto, Presidente da ABED afirmou que o primeiro passo para a inovação é decidir o que se vai parar de fazer.


Cacilda, eu Cybele Meyer, Professor Litto, Gilberto e Madlaine

Durante o evento foi elucidado que a EAD não é uma nova modalidade de ensino como muitos dizem, mas que se trata de uma nova didática que permite o uso da Tecnologia da Informação (TI).
A EAD propicia uma democratização da educação possibilitando que um número maior de pessoas tenha acesso aos estudos. As dificuldades geográficas, muito comum em nosso país podem ser amenizadas através do ensino a distância.

Mitos como o de que o ensino a distância irá substituir o ensino presencial foram desmistificados uma vez que o ensino a distância veio para somar e não para substituir. O professor passa a ser um orientador de estudos motivando o interesse do aluno, sanando dúvidas e avaliando seus desempenhos. O aluno passa a ter mais autonomia para pesquisar e se aprofundar no tema em foco podendo dispor das informações a qualquer momento e em qualquer lugar não ficando restrito somente à apresentação do professor.
Dá-se a aprendizagem colaborativa através da troca oral, visual ou escrita entre os participantes. Muitas vezes uma figura “fala” mais do que muitas palavras.

Ao final, Carlos Bielschowsky, Secretário da Educação a Distância (MEC) falou para todos via stream, fundamentando os últimos acontecimentos envolvendo os centros de ensino a distância.



Neste processo, educação EAD, professores, alunos e tecnologia participam ativamente produzindo significados que promoverão a aprendizagem, sempre respeitando a individualidade e propiciando conhecimento colaborativo no ciberespaço.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Identidade - Cada um tem a sua



A preocupação com a identidade sempre fez parte das reflexões humanas.
Definimos Identidade como sendo o “conjunto de caracteres próprios e exclusivos“que permitem que o indivíduo se perceba como ser único.

A identidade vai sendo construída no caminhar da vida ligada às atividades desenvolvidas, sua postura diante dos fatos, suas metas, sonhos, fantasias...
O meio interfere na construção da identidade de um indivíduo bem como ele, indivíduo, interfere na construção da identidade do outro.
E a criança, como lida com a construção da sua identidade e da influência do meio sobre ela?

Escrevi um artigo “Construindo Identidades” onde foco a importância do respeito às características de cada um na construção de sua identidade.
O indivíduo toma consciência da sua identidade quando descobre o outro. A comparação abre este canal propiciando estabelecer a diferenciação entre o “eu” e o “outro” deixando clara a diversidade. Embasada nesta diversidade é que o indivíduo se estabelecerá na sociedade como um ser único ocupando seu lugar e desempenhando o seu papel.
A sociedade exige a construção legal da identidade do indivíduo como ter um nome, uma nacionalidade, filiação, impressão digital e outros quesitos que são imutáveis e que o identificarão como único na sociedade. Estes dados são registrados e o indivíduo recebe um comprovante deste Registro Geral, que é o famoso RG.

Para o ano de 2009 o Governo Federal pretende adotar no País um novo modelo de carteira de identidade, com cadastro único de identificação civil, a partir de janeiro do ano que vem. O documento terá chip com informações pessoais do portador, foto tirada na hora e impressões digitais escaneadas e terá o tamanho e formato de um cartão de crédito.
Com a implantação do AFIS (sigla em inglês do Sistema Automático de Identificação de Impressões Digitais) no Instituto Nacional de Identificação (INI) da Polícia Federal, a intenção é gerar um número nacional para todos os brasileiros.

Através do Afis serão digitados todos os dados de identificação da pessoa como nome, filiação, endereço, profissão, estado civil, dados biográficos, coleta de assinatura na cédula e no processo de identificação civil, além da coleta de impressões digitais, com tinta. “Uma tecnologia segura, ou seja, dá ao cidadão toda a garantia, pois o mesmo terá assinatura, documento, foto e impressões digitais digitalizadas e capturadas em banco de dados. Isto impossibilita que alguém use duas vezes uma certidão para fazer a carteira, pois o sistema bloqueará a operação, devido ao confronto de informações armazenadas”,

O modelo de cartão de identidade, uma proposta do Instituto Nacional de Identificação (INI) do departamento de Polícia Federal, reunirá CPF e título de eleitor, armazenados num chip, além de marca d’água. O número de registro de identidade civil terá dez dígitos e integrará um banco de dados que abrangerá todos os órgãos de identificação do País. A idéia é acabar com o atual modelo de identidade, em que cada estado emite o seu próprio número. Dessa forma, a Polícia Federal espera extinguir fraudes em documentos, quando a mesma pessoa tem várias identidades com números e nomes diferentes.

O presidente Lula deve regulamentar a lei 9.454, de 1997, que prevê a implantação do sistema.
A PF prevê que até 2017, 150 milhões de brasileiros tenham o número único do Registro de Identidade Civil (RIC).

Fonte: Folha de Blumenau

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Família – Ser ou Estar?



É difícil conviver, debaixo do mesmo teto, dia após dia, com uma pessoa que pensa diferente, que tem outros gostos, outras manias... Realmente não é tarefa fácil. O ingrediente mais importante para que esta relação dê certo é, sem sombra de dúvidas, o AMOR.

Estou falando daquele amor que tem em seu vocabulário a palavra ceder. Isto não é um incentivo à submissão e perda da vontade própria em detrimento do outro, mas aquele “ceder” saudável, onde você promove um agrado ao seu parceiro(a) e acaba ficando feliz por compartilhar um momento, que caso não tivesse cedido, não seria possível tal satisfação.
Este saber conviver propicia uma vida saudável inclusive para os filhos que habitam o mesmo espaço sem terem que presenciar cenas de constrangimento e humilhação.

Que valores, um casal que briga por tudo, pode passar a seus filhos?

Há pouco tempo atrás víamos na TV um vídeo sobre a criança imitando o comportamento do adulto. Pois é isso que propiciamos dentro da nossa casa – Exemplos.

Que tipo de formação damos aos filhos quando lhes oferecemos um lar cheio de respostas agressivas, de enfeites quebrados pela raiva, de portas sendo batidas, de choros no quarto ou no sofá! Se a criança presencia diariamente este comportamento dentro da sua própria casa, agirá da mesma maneira sempre que for contrariada por seus pais.
E agora pergunto: Poderá o pai ou a mãe exigir que o filho fale com ele de forma diferente?

É aí que o respeito deixa de existir. E quando não há mais respeito, a relação está terminada, não havendo mais motivo para se continuar a “representar” SER uma família. Na verdade devemos SER uma família e não ESTAR uma família como é o caso da maioria dos casais que se agridem, seja por palavras ou fisicamente, diariamente.

A família deve ser “cuidada” com muito carinho e atenção.
É lá, dentro dela, que vivem as pessoas mais importantes da nossa vida.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Stop Motion como ferramenta de aprendizagem



Para quem não sabe StopMotion é uma técnica de animação que propicia a interação do artesanato com a tecnologia. Ela proporciona a ilusão de que os objetos inanimados se movimentam.
Como isso é possível? Simples.
Você fotografa em seqüência pequenos movimentos graduais, ou seja, você fotografa uma caixinha, depois a movimenta um pouquinho para frente e a fotografa novamente, e a movimenta mais um pouquinho e fotografa e assim sucessivamente até obter o seu intento. Este fotografa e pára, fotografa e pára é que deu origem ao termo “stopmotion”.

O uso do Stop Motion como ferramenta de aprendizagem vai proporcionar um saber significativo onde a criatividade estará sendo estimulada através da experimentação e simulação e com isto os alunos aprenderão de forma lúdica e participativa.

Este recurso está sendo utilizado em algumas escolas de Santa Catarina onde meu amigo Luiz Napoleão do blog Cultura na Rede ,que é um dos idealizadores do Projeto, registrou a confecção dos personagens pelos Multiplicadores dos NTEs de SC durante a Oficina de Stop Motion em Balneário Camboriú.


Turma da Cris from luiznapa on Vimeo.

Em conversa sobre Stop Motion entre eu e Luiz Napoleão via MSN surgiu o convite para que eu elaborasse uma história para ser encenada. Sugeri falar sobre Bullying, comportamento este sempre tão presente no ambiente escolar. Assim sendo, escrevi a história que foi adaptada pelos participantes da Oficina. A história aborda situações como apelidos, ameaças, medo, constrangimento, bem como enfoca o lado bom das pessoas que unidas pelo espírito da solidariedade, companheirismo e amor conseguem reverter a situação deixando os “usuários” de Bullying totalmente sozinhos e envergonhados.
Este vídeo mostra sucintamente como ficou:


Animos quentes from luiznapa on Vimeo.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Agressividade em sala de aula, você já vivenciou isso?



A sala dos professores é o local onde o professor compartilha experiências desagradáveis ou não vivenciadas em sala de aula.

Quando o assunto envolve alunos das séries iniciais os relatos são ínfimos se comparados aos episódios envolvendo alunos do Fundamental final e Ensino Médio.

A violência não é mais um ato raro que integra as ações de uma pessoa com problemas. A violência faz parte do cotidiano de qualquer pessoa e esta a exerce em qualquer lugar não havendo limites para o seu exercício. A violência é uma realidade crescente na nossa sociedade, e a escola, infelizmente, não foi poupada da sua ação.

Há escolas em que a sala de aula mais parece um campo de guerra onde todos se agridem através de palavras ou mesmo fisicamente. A tolerância e o respeito estão em extinção. O Professor necessita de muita perspicácia para mediar estes problemas de comportamento, porém é sabido de que muitas vezes isto parece impossível.

Normalmente tudo começa com o vocabulário recheado de palavrões usados com o intuito maior de provocar e ofender. Há uma necessidade incontida, nos nossos jovens, de auto-afirmação através da violência. O professor, ao intervir, necessita de muita cautela e sabedoria para não se deixar envolver pelo clima hostil acabando por também ser agredido, vindo, com isto, a comprometer sua postura de mediador.

Uma boa opção de conduta quando acontece este tipo de ocorrência é trabalhar a ética. Mas para isso o professor tem que ser ético e agir com ética. Aprendemos por exemplos não podendo falar uma coisa e agir de forma contrária.

Além da ética o controle “calma” tem que estar acionado, sempre.

Sei que falar é fácil e controlar as emoções é difícil, porém a escola tem o compromisso de formar cidadãos e não pode se deixar contaminar pelas atitudes violentas praticadas pelos alunos.

A escola tem sim é que contaminar os alunos com suas atitudes sensatas, com sua imparcialidade, transmitindo-lhes valores.



domingo, 16 de novembro de 2008

Meu filho vai repetir o ano! E agora?



Nenhum resultado, seja ele bom ou mau, se dá do dia para a noite. Nada acontece inesperadamente quando o assunto é Educação. Educação é um processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral do ser humano (definição: Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa).
A aprendizagem acontece como resultado deste processo de desenvolvimento. Porém para que a aprendizagem aconteça é de fundamental importância que haja um sincronismo entre aluno/professor/família. Esta parceria é importantíssima para o sucesso do processo de ensino e aprendizagem.

Muitos pais atravessam todo o ano letivo em total abstinência participativa. Não tomam conhecimento das reuniões escolares, não acompanham as Tarefas de casa, não controlam a freqüência, não se interessam pelo desempenho escolar do filho e muitos nem sequer lêem a agenda, que é o veículo de comunicação entre professor e pais.

Há aqueles alunos que diante da falta de atenção e interesse de seus pais, se sentem desmotivados não se dedicando como deveriam aos estudos, bem como há aqueles que por conviverem em lares problemáticos acabam refletindo nos estudos seus temores e conflitos emocionais. Também há alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem e necessitam de acompanhamento paralelo de outro profissional, dependendo da extensão da dificuldade.

Estas dificuldades acabam por estimular outro grave problema que assola a Educação do nosso país – a evasão escolar. O aluno, principalmente da rede pública de ensino, diante das dificuldades vivenciadas e do desinteresse de seus pais, acabam por abandonar a escola passando a perambular pela rua ficando à mercê das más influências.

Muitas escolas implantam Projetos para estimular a motivação de seus alunos e com isso suplantar a falta de interesse dos pais no acompanhamento do desempenho escolar do filho, propiciando que estes permaneçam no ambiente escolar.

A implantação das TICs no ambiente escolar vem agindo como estímulo à aprendizagem e à inibição da evasão escolar. Porém este é um assunto para outro artigo.

A parceria ideal é que a escola se empenhe em proporcionar uma educação de qualidade levando em conta a individualidade do aluno deixando para trás paradigmas da educação “tamanho único”. À família cabe estar em contato permanente com a escola, acompanhando de perto o desempenho do filho e auxiliando-o no sentido de superar dificuldades. Ao aluno cabe se empenhar com responsabilidade. Tudo isso deve acontecer no decorrer do período letivo e não somente no final do ano quando já não há tempo hábil para se tentar reverter a situação.

Porém, a realidade é muito diferente principalmente na rede pública. Conforme resultado do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) em 2007 a taxa de aprovação dos alunos de 1ª e 2ª séries da rede pública foi de 78,1% contra 96,5% das particulares e de 3ª e 4ª foi de 83,4% porcentagem similar tanto na pública quanto na particular.
Diante da evidência de uma reprovação há quem culpe o aluno. Este comportamento não exime de forma alguma a culpa de cada um dos envolvidos, muito pelo contrário. Como já mencionei acima, a parceria aluno/família/escola é fundamental para o sucesso da Educação.

Em razão de a preocupação ser arranjar um culpado e não se empenhar em contribuir para uma melhora na Educação, que temos hoje uma realidade de 40 milhões de adultos sem ter concluído a 4ª série.

Na ânsia de recuperar o tempo perdido e com isso evitar a reprovação, muitos pais resolvem colocar seus filhos em professores particulares, cortam todo e qualquer divertimento, cobram as lições de maneira repreensiva dando muito mais importância à aprovação “a qualquer jeito” do que à aprendizagem propriamente dita. Não se preocupam se o filho irá somar dúvidas no ano seguinte acabando por comprometer toda a qualidade do curso.

Fica aqui a “dica”, através deste texto, não para ser praticado neste final de ano, mas para colocar em prática no ano que se iniciará em breve. Pais sejam participativos desde o início do ano. Com esta atitude seu filho se sentirá motivado a desempenhar melhor seu papel de estudante, a escola se sentirá motivada a lhe participar toda e qualquer dificuldade apresentada pelo aluno bem como suas conquistas, e você, ao final do ano, não precisará procurar culpados para o fracasso do seu filho.

Termino aqui parafraseando Rubem Alves nesta belíssima apresentação disponibilizada pela minha amiga Miriam Salles


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