terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Amigo Secreto – Eu peguei quem eu temia



É sabido que nesta época de final de ano a maioria das empresas e instituições promove o já tradicional sorteio do Amigo Secreto, ou Amigo Oculto ou Amigo Invisível. As regras são as mesmas independente dos nomes dados à brincadeira.
Vale dizer que conviver com inúmeras pessoas no ambiente de trabalho é uma arte nem sempre bem desempenhada por todos. Há sempre aquele episódio de bate-boca entre funcionários que já se “estranhavam”, ou uma fofoca surgida numa ida ao bebedouro, ou mesmo um comentário indiscreto durante o cafezinho. A verdade é que não existe local de trabalho onde nunca tenha havido algum desentendimento.

Então chega o final de ano e no momento do sorteio do Amigo Secreto começa a torcida por não pegar aquele nome tão temido.
Ao abrir o papelzinho qual não é a surpresa!É justamente este nome que agora está nas mãos do funcionário desolado. A expressão do rosto não o deixa disfarçar o desapontamento. Sente vontade de sair da brincadeira, mas sabe que não poderá fazer isso. O dia para ele está acabado. A todo o momento lembra-se da sua má sorte.
Porém, aqui vai um conselho de quem já acompanhou de perto uma experiência parecida. Minha grande amiga, que trabalhávamos juntas, passou por este martírio e sua atitude deve ser compartilhada como exemplo e é isto que farei agora.
No dia seguinte ela chega ao trabalho muito animada e diz que encontrou uma solução para aquilo que, no dia anterior, representada um problemão.
Passou a enviar bilhetinhos com mensagens reflexivas. Durante todo o dia várias mensagens eram depositadas na caixinha de recados. Isto aconteceu durante os 15 dias que durou a brincadeira.
O pior de tudo é que a minha amiga não recebeu um único bilhetinho sequer. Todo mundo recebia menos ela.
Pairava no ar a pergunta: - Será que uma pegou a outra?
Dito e feito!
No dia da revelação todos já conheciam seus “amigos secretos” menos as duas.
Minha amiga então se levantou e disse não ser necessário dar dicas de quem ela havia sorteado porque só restaram as duas, e que ela aproveitou esta oportunidade que a vida lhe concedeu para se tornar uma pessoa melhor entendendo, respeitando e aprendendo a conviver com as diferenças. Finalizou chamando pelo nome sua amiga oculta. Ela veio receber o belo presente e não teve palavras para expressar sua vergonha diante do comportamento totalmente oposto ao que havia recebido.
A vida sempre nos proporciona momentos de aprendizagem, cabe a cada um de nós aproveita-los ou não.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Natal e os Correios




Ontem fui ao Correio despachar um presentinho para meu amigo secreto que mora muito longe da minha cidade.
Já fui preparada psicologicamente para enfrentar uma fila imensa. Preferi ir no horário de almoço imaginando encontrar trabalhadores apressados em razão do pouco tempo. Seria tudo muito rápido.
Fui a 15ª de uma fila que esperava ser maior. Fiquei feliz! Logo cumpriria minha missão.

Assim que chegou um rapaz atrás de mim, pedi que guardasse meu lugar e fui perguntar no balcão de atendimento se para pegar a caixinha para acomodar o presente precisava ficar na fila. Ela me respondeu que sim. Então voltei e fiquei aguardando.

Comecei então a analisar o cenário. Havia 4 guichês de atendimento, porém somente dois funcionavam. O local onde se despacha grandes pacotes estava fechado. As pessoas ficavam segurando incomodamente seus pacotes, enormes, que precisavam ser apoiados no chão.

No primeiro guichê estava sendo atendida uma mulher aparentando seus 30 anos, muito atrapalhada, deixando cair a bolsa no chão, a caneta... No segundo guichê estava um senhor despachando um pacote enorme. Antes mesmo de ele acabar de ser atendido chegou outro rapaz, com vários pacotes e se posicionou ao lado do guichê 2. Tão logo o primeiro saiu entrou este que nem na fila estava. A mocinha do atendimento justificou que ele já havia estado ali e por isto teria preferência. Ficamos todos calados.

Ela atendeu este e mais outro que chegou com a mesma alegação. Enquanto isto a mulher atrapalhada continuava lá e todos nós da fila, ali, parados no mesmo lugar.

Enquanto o segundo guichê atendia todos os “fura fila” que já haviam estado nela, veio um rapaz lá de dentro do Correio e pediu para que a atendente assim que acabasse de atender o rapaz, fosse lá dentro.

Confesso que não gostei nada de ter ouvido isso. Ela era, naquele momento, nossa esperança de atendimento. Fazia dez minutos que eu havia chegado e continuava a ser a 15ª da fila. A primeira da fila “bufava”, se abanava, fazia caras e bocas, mas de nada adiantava.

Chegou então o momento da mulher atrapalhada do guichê 1 pagar pelo serviço. Ela então tira o talão de cheques da bolsa e diz que ser a primeira vez que iria preencher um e pediu para que a atendente lhe ajudasse. Ela muito solícita, começou a explicar para que servia cada item constante na folha. A aluna atrapalhada, muito interessada, fazia muitas perguntas sobre por que ter o número da agência, se ela precisaria decorar o número da conta, se cada talão terá um número específico, e outras perguntas muito pertinentes, principalmente num guichê de correio. Após tantas perguntas inicia o preenchimento do cheque. Escreve a quantia e pergunta se está certo. Pede para a atendente lhe ditar o extenso, e assim vai até chegar na assinatura e ela dizer que estava muito nervosa com medo de errar.

Neste momento fiquei imaginando se isso estava realmente acontecendo e se caso fosse verdade, se eu havia entrado no túnel do tempo e ido para no século XIX.



Eis então que volta a segunda atendente. A primeira da fila inicia sua caminhada quando é alertada que ao seu lado havia uma senhora, de cabelos brancos, e que teria preferência. Nem eu havia visto esta senhora, afinal todos estávamos com a atenção voltada para a hilária moça do cheque.

A senhora, agora no guichê 2, deposita a chave do carro em cima da bancada e pede para ver os cartões de Natal. A atendente pega um maço e coloca no balcão. A senhora começa a espalhá-los a fim de facilitar a escolha. Ela olha demoradamente cada um e pede a opinião da atendente sobre qual é o mais aconselhável para enviar ao genro, a uma tia velhinha e outros familiares.

Neste momento sinto que minha paciência começou a dar sinais de esgotamento. Olhei no relógio e constatei que estava há 28 minutos na fila sem dar seque um único passo para a frente.

Eis que a moça atrapalhada começa a guardar na bolsa tudo que havia tirado e espalhado em cima do balcão. A primeira da fila ensaia, mais uma vez, seus passos e finalmente segue rumo ao guichê. Entre encostar, ser atendida e ir embora não levou mais do que 30 segundos. Agora eu já era a 14ª e a fila começa a andar.
Depois de 50 minutos de fila chego finalmente no balcão e peço a caixinha nº 2 para poder acomodar o presente. Ela me informa que estão sem caixas pequenas e que a única caixa que tem é a de número 6. Neste momento sinto meu sangue ferver e digo tentando controlar a voz para não parecer grosseira:
- Por quê você não me falou isso quando vim lhe perguntar sobre as caixinhas?
Ela então me respondeu: - Mas a senhora me perguntou se era aqui que pegava as caixinhas, não me perguntou se tinha todos os tamanhos.
Eu, tentando não perder a compostura lhe respondo: - Mas vou imaginar que numa época de Natal, ocasião em que as caixas são mais procuradas, não vou encontrá-las? Se vocês obrigam o uso das caixas de vocês, não podem ficar sem tê-las.
- Sinto muito! Me respondeu ela.
- E agora, o que faço. Posso colocar num saquinho de Sedex? Perguntei tentando resolver o impasse.
- Infelizmente este objeto tem que se acomodados em caixas. Não posso enviá-los no saquinho. Infelizmente a senhora terá que procurar em outra agência do correio.

Então me lembrei de um acessório que tenho sempre na bolsa para estas ocasiões: tirei meu nariz de palhaço (aquela bola vermelha) coloquei e pedi para que ela repetisse que após 50 minutos na fila eu teria que me dirigir a outra agência do correio porque eles não tinham me informado... E desfiei o rosário como se diz popularmente.


A fila já se estendia na calçada. A senhora com atendimento preferencial ainda estava escolhendo os cartões.
Lembro novamente que ela veio dirigindo, logo está apta a dirigir, porém não pode esperar sua vez na fila.
Sabe o que falta: Bom senso! Respeito humano. Solidariedade.

Chego em casa e encontro um aviso de tentativa de entrega dos Correios. Vieram me trazer o presente que meu amigo secreto me enviou. Louca para saber quem era fui olhar os horários para poder retirar lá na agencia onde eu estava até agora, e qual não foi minha surpresa quando li:
“Caso queira retirar a encomenda poderá comparecer na unidade das 10h às 11h.”

Prefiro nem comentar!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Visita ao Banco Real agência modelo em Cotia - SP



Hoje o dia para mim começou muito cedo. Eram 4h40 quando sai de casa em Indaiatuba rumo a São Paulo, avenida Paulista em frente ao Banco Real, para me encontrar com um grupo de blogueiros, ambientalistas, funcionários do Banco Real e da Riot.

Nosso destino?
Cotia, região Metropolitana de São Paulo, onde o Banco Real tem uma agência modelo, a primeira no Brasil e que recebeu a Certificação Internacional de Sustentabilidade LEED (liderança em design para conservação do meio ambiente e energia) do Conselho de Prédios Verdes dos Estados Unidos. No Brasil ainda não há certificação.

Nós fomos conferir de perto e aprender muito sobre os recursos ambientalmente corretos e eficientes empregados na construção da agência e sobre a conscientização desenvolvida.

O arquiteto Roberto Oranje já estava na agência e nos recebeu com muita simpatia.
Nos informou que entre planejamento e execução da obra levou exatamente nove meses (maio/2006 a janeiro/2007). A preocupação constante era incorporar o maior número possível de elementos sustentáveis diminuindo ao máximo o impacto ambiental.

Só para vocês terem uma idéia a agência foi totalmente planejada para aproveitar ao máximo a luz solar e a claridade do dia. O cimento teve que ser curado, há aproveitamento da água da chuva, tratamento de esgoto com reaproveitamento da água para descargas sanitárias e as tintas usadas são minerais não utilizando solvente.

O carpete é feito de “pet” conservando a cor esverdeada que compõe a identidade do Banco Real.

Toda a madeira utilizada, tanto na construção quanto nos móveis, é certificada.
O sistema de ar condicionado é chamado evaporativo, ou seja, a água entra no reservatório e é evaporada umidificando e resfriando o ambiente sem a utilização de gases nocivos.

Durante toda a construção 70% do entulho foi reciclado ou reaproveitado.
A agência em funcionamento economiza cerca de 30% da energia e 15 % em água.

Enquanto você circula pela agência pode observar as informações sustentáveis disponibilizadas por todo o ambiente através de quadros informativos demonstrando uma preocupação constante com a conscientização e mudança de maus hábitos.

Veja as fotos que tiramos no encontro.



Carlos Hotta e Paula Signorini que moram em São Paulo e estiveram de manhã na agência em Cotia puderam participar do Chat Consumo Consciente promovido pelo Banco Real que teve como convidado Hélio Mattar, Diretor Presidente do Instituto Akatu.
Sam Shiraishi, que me convidou tanto para a visita quanto para o Chat, mesmo estando num evento no Rio de Janeiro discutindo como os blogueiros podem ser formadores de opinião mudando a consciência da sociedade, conseguiu acompanhar.

Eu infelizmente não consegui porque tive que voltar para minha cidade e quando cheguei já havia acabado. O mesmo aconteceu com Maria Carolina, porém ela conseguiu a pauta e me enviou por e-mail. Assim pudemos nos interar do conteúdo que foi muito proveitoso e demonstrou, mais uma vez, a preocupação com o consumo desnecessário e a conscientização que deve ser trabalhada sempre.

Faça-se esta pergunta antes de comprar algo: - Preciso mesmo disso?
Isto significará estabelecer em si a relação compra/uso/descarte.

Inclua bons hábitos no seu dia-a-dia e a natureza lhe agradecerá.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Direitos Humanos - Blogagem Coletiva



Somos todos seres humanos.
Somos iguais e tão diferentes.
Somos únicos.

Somos brancos, pretos, amarelos, vermelhos, pardos.
Altos, baixos, gordos, magros, instruídos, analfabetos, ricos, pobres, miseráveis.
Somos todos iguais, porém muito diferentes.
Somos únicos.

Somos bons, maus, desprendidos, apegados, amorosos, egoístas,
sorridentes, emburrados, bem humorados, mal humorados, honestos, desonestos,
ativos, preguiçosos, animados, indolentes, prestativos, folgados.
Somos todos iguais com índoles diferentes.
Somos únicos.



Após 60 anos da Declaração dos Direitos Humanos pouca coisa mudou embora ela tenha definido um ideal comum a ser alcançado por todos os povos e nações.

Mais um ano termina e esta realidade continua a mesma.

Neste dia 10 de dezembro faremos uma blogagem coletiva só que desta vez registada pelo Gabinete do Alto-Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, conforme indica a presença do logotipo das Nações Unidas em todos os textos que este blog vier a publicar sobre o tema.

E você tem feito alguma coisa para mudar esta realidade?

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Você cuida da sua voz?



Independente de você ser um profissional da voz ou não é sempre prudente cuidar deste instrumento de comunicação tão pessoal e tão importante. A voz faz parte da personalidade de cada um. Ela é um fator de identificação, assim como as características físicas: cor dos olhos, cor dos cabelos, altura, peso, etc.

É também o espelho das nossas emoções. Pode-se identificar tanto a alegria quanto a tristeza através do tom empregado na voz. O timbre da voz também é peculiar de cada pessoa. Ao ouvir um cantor no rádio podemos imediatamente identificar quem é, assim como ao atender ao telefone identificamos a voz das pessoas mais próximas.

Professores, atores, cantores, repórteres, radialistas, vendedores, padres e mais uma infinidade de profissões exigem a voz como principal instrumento de trabalho. Porém, todos utilizamos a voz diariamente, o tempo todo, e nunca nos lembramos de cuidar dela.

Cuidados simples podem tornar sua voz saudável, agradável e fácil de usar.

Veja algumas dicas:

• Tome muita água – quanto mais utilizar a voz mais água deverá beber. Evite beber água gelada, pois o choque térmico agride as cordas vocais;

• Fale sem alterar o seu padrão de voz. Falar muito não significa ser um problema, o que problematiza a voz é o esforço feito com a alteração do padrão vocal, como por exemplo, ter que falar mais alto em locais muito barulhentos ou mudar o padrão vocal, como é o caso dos dubladores que utilizam este recurso para compor os personagens.

• Evite bebidas alcoólicas, pois estas promovem um efeito analgésico nas cordas vocais propiciando um abuso no uso da voz.

• O ar condicionado é um vilão em potencial, pois provoca um ressecamento do ar que por conseqüência resseca as cordas vocais. Se não tiver como se livrar do ar condicionado, deixe uma garrafinha de água do seu lado e beba por todo o tempo em que permanecer ali.

• Ao falar procure articular bem as palavras poupando o aparelho fonador.

• O cigarro é outro vilão que além de ressecar as cordas vocais acumula secreções danificando as pregas vocais.

• Procure respirar pelo nariz, pois além de filtrar o ar evita o ressecamento das cordas vocais.

O filme abaixo ensina alguns cuidados que se deve ter em relação à voz e também alguns exercícios para fazer diariamente.

Cuide da sua voz com carinho!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Fofoca. Quem nunca fez!



A novela das nove “A Favorita” entre outros temas importantes dá destaque a um “vício”, se é que podemos chamar assim, da fofoca.

Quem nunca fez uma fofoca que levante a mão.
Está bem! Pode abaixar a mão todo mundo!

A palavra fofoca tem o dom de atrair a atenção das pessoas. É só falar que tem uma fofoca para contar que a pessoa passa a receber atenção de todos a sua volta. Quem vai contar uma fofoca sempre estabelece a mais importante das regras: “Que fique só entre nós, combinado!” E o outro quando passa a fofoca para frente trás à baila a regra novamente. Parece que agindo assim, o fofoqueiro livra-se da responsabilidade dos efeitos que esta fofoca pode trazer. E assim a fofoca “voa” de boca em boca pelo mundo afora.

Há quem diga que “fofoca foi feita para circular, caso contrário não é fofoca e sim segredo”.
Não estou com este comentário defendendo a fofoca, muito pelo contrário, estou tentando definir este vício que assola muita gente e que agora, em razão da novela abordar este tema de forma tão verdadeira, com seus reflexos e prejuízos, é que acho ser o momento adequado para refletirmos sobre este hábito tão presente na sociedade humana.
Muitas novelas já abordaram a fofoca, porém sempre revestida de comédia, como a "fofoca engraçada". Porém, na vida real a fofoca trás conseqüências iguais às interpretadas pelos personagens Paula Burlamaqui como a principal vítima, e Jackson Antunes como o fofoqueiro.

Está muito certo o escritor João Emanuel Carneiro ao dar o verdadeiro sentido à fofoca na novela “A Favorita”. Fazer fofoca não é engraçado, não é passa-tempo, não é esporte.
A fofoca nunca tem um objetivo educativo, construtivo ou de auxílio. Na verdade a fofoca tem na sua essência atingir o outro, e o faz da pior maneira possível, pelas costas.

A fofoca, dependendo de onde ela acontece, tem alvos certeiros como na bolsa de valores que consegue fazer despencar as ações em alta, denegrir a imagem de personalidades governamentais, promover dispensa de funcionários em empresas e até acabar com casamentos felizes.

Sabemos que não podemos extinguir a fofoca do mundo, porém podemos trabalhar responsabilidade e ética na escola e na família, principalmente através de exemplos.

Difícil?

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Não fale comigo. Estou de mau humor!


Não existe situação mais desagradável do que você conversar com alguém e esta pessoa lhe tratar mal porque não está no seu melhor humor.

Mesmo para mostrar ao outro que você não está nos seus melhores dias você tem que fazê-lo com delicadeza. Ninguém é obrigado a adivinhar que algo lhe aconteceu e que isto alterou seu humor.
É claro que todos nós temos dias maus humorados, mas há pessoas que fazem disso um hábito se tornando desagradável conviver com elas.

Quem dificilmente fica de mau humor, quando está, prefere ficar quieto e sozinho. Quem tem mau humor esporádico, detesta viver esta situação.

Porém há aquele que incorpora o mau humor à sua personalidade. É aquela pessoa que quando você lhe cumprimenta e pergunta se está tudo bem, ela já responde automaticamente que “não”. Pessoa assim tende a enxergar somente o lado negativo dos acontecimentos. Reclama de tudo, não sente prazer em nada, dificilmente esboça um sorriso e com este proceder acaba intimidando quem se sente alegre e tem que conviver com ele.

Pessoa assim me faz lembrar daquele desenho da hiena Hardy, amiga do leão Lippy que repetia esta frase como um bordão “Oh dia..., oh azar!” e também “isso não vai dar certo!”. Ela só conseguia enxergar o lado ruim das coisas não se deixando contaminar com o otimismo de seu companheiro Lippy.



Trata-se da chamada pessoa “estraga prazer”, pois só consegue enxergar o lado negativo do mundo, e o pior é que ela acredita piamente estar sendo a única pessoa lúcida, com visão real dos acontecimentos.

Porém, há que se ficar atento quando o mau humor é constante e persiste mesmo com a resolução do fato gerador, ou seja, do problema que deu origem à alteração do humor.
Neste caso pode ser que a pessoa esteja sofrendo de uma doença chamada Distimia.

Podemos dizer que Distimia é uma depressão crônica com sintomas mais leves. Trata-se de um transtorno mental que atinge milhões de pessoas em todo o mundo.
Normalmente, estas pessoas, quando resolvem procurar ajuda é porque a doença já evoluiu para um quadro de depressão grave.
A pessoa que sofre de Distimia tem baixa ou nenhuma autoestima. Sente-se excluída do grupo enveredando para comportamentos antagônicos extremos como o hábito de comer em exagero ou deixar de comer, de dormir muito ou de ter insônia. Passa a se isolar e a se desinteressar por qualquer tipo de passeio, atividade ou relacionamento.

Pessoas acometidas por Distimia necessitam de tratamento médico e muitas vezes de acompanhamento psicológico. É uma doença curável, normalmente, através de antidepressivos.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Dia Mundial da Aids

Dia 01 de dezembro – Dia Mundial da Aids



Para quem pensa que a Aids está sob controle e que não é preciso mais falar sobre o assunto está muito enganada. Segundo o Boletim epidemiológico Aids/DST 2008 do Ministério da Saúde a realidade é que de 1980 a junho de 2008 foram registrados 506.499 de casos de Aids no Brasil.
A região Sudeste é a que apresenta maior incidência de casos: cerca de 60%.

A informação ainda é o preventivo mais eficaz e a escola não pode ficar alheia a este tema.
Segundo o mesmo Boletim a incidência da Aids entre os que têm mais de 12 anos reduziu de 14% em 1990 para 8,7% em 2006. Porém, na população que tem entre 8 e 11 anos o índice passou de 13,9% para 24,5%. Esta é uma prova concreta de que quando o tema é abordado nas escolas a prevenção acontece com maior eficácia. Dificilmente se fala sobre sexo, sobre doenças sexualmente transmissíveis e sobre drogas para crianças entre 8 e 11 anos, porém estes números deixam claro o quanto eles são ativos sexualmente e usuários de drogas.

Informações básicas sobre a Aids e o sistema imunológico, o uso correto de preservativos, formas de contágio e a importância das medidas preventivas são fundamentais para que estes percentuais sejam cada vez menores.

A escola é um lugar de informação e o assunto Aids deve integrar o currículo, mesmo porque, somente o conhecimento não gera atitudes permanentes de prevenção. É necessário que o tema esteja sempre presente através de pesquisas, projetos, análises de experiências.

Hoje se comemora o dia internacional da Aids. Ocasião oportuna para tecer sobre o assunto, mesmo porque, as férias estão chegando e nada mais prudente do que avivar as informações.