terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Não fale comigo. Estou de mau humor!


Não existe situação mais desagradável do que você conversar com alguém e esta pessoa lhe tratar mal porque não está no seu melhor humor.

Mesmo para mostrar ao outro que você não está nos seus melhores dias você tem que fazê-lo com delicadeza. Ninguém é obrigado a adivinhar que algo lhe aconteceu e que isto alterou seu humor.
É claro que todos nós temos dias maus humorados, mas há pessoas que fazem disso um hábito se tornando desagradável conviver com elas.

Quem dificilmente fica de mau humor, quando está, prefere ficar quieto e sozinho. Quem tem mau humor esporádico, detesta viver esta situação.

Porém há aquele que incorpora o mau humor à sua personalidade. É aquela pessoa que quando você lhe cumprimenta e pergunta se está tudo bem, ela já responde automaticamente que “não”. Pessoa assim tende a enxergar somente o lado negativo dos acontecimentos. Reclama de tudo, não sente prazer em nada, dificilmente esboça um sorriso e com este proceder acaba intimidando quem se sente alegre e tem que conviver com ele.

Pessoa assim me faz lembrar daquele desenho da hiena Hardy, amiga do leão Lippy que repetia esta frase como um bordão “Oh dia..., oh azar!” e também “isso não vai dar certo!”. Ela só conseguia enxergar o lado ruim das coisas não se deixando contaminar com o otimismo de seu companheiro Lippy.



Trata-se da chamada pessoa “estraga prazer”, pois só consegue enxergar o lado negativo do mundo, e o pior é que ela acredita piamente estar sendo a única pessoa lúcida, com visão real dos acontecimentos.

Porém, há que se ficar atento quando o mau humor é constante e persiste mesmo com a resolução do fato gerador, ou seja, do problema que deu origem à alteração do humor.
Neste caso pode ser que a pessoa esteja sofrendo de uma doença chamada Distimia.

Podemos dizer que Distimia é uma depressão crônica com sintomas mais leves. Trata-se de um transtorno mental que atinge milhões de pessoas em todo o mundo.
Normalmente, estas pessoas, quando resolvem procurar ajuda é porque a doença já evoluiu para um quadro de depressão grave.
A pessoa que sofre de Distimia tem baixa ou nenhuma autoestima. Sente-se excluída do grupo enveredando para comportamentos antagônicos extremos como o hábito de comer em exagero ou deixar de comer, de dormir muito ou de ter insônia. Passa a se isolar e a se desinteressar por qualquer tipo de passeio, atividade ou relacionamento.

Pessoas acometidas por Distimia necessitam de tratamento médico e muitas vezes de acompanhamento psicológico. É uma doença curável, normalmente, através de antidepressivos.

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